“Saúde mental e seus mitos” é tema de palestras com beneficiários de programas sociais em Três Barras

Quem nunca ouviu a expressão “se é paciente do CAPS é louco”? Ou, por falta de conhecimento, já pensou isso?

E foi para de desmistificar esta afirmação popular é que a Rede Municipal de Atendimento à Criança e Adolescente reuniu na quinta-feira (06) os beneficiários de programas sociais em Três Barras, como o Sacolão e Bolsa Família, bem como o público interessado, para participarem de palestras referentes ao tema central “Saúde mental e seus mitos”. 

“A história da psiquiatria” foi o assunto abordado pelo estagiário do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Três Barras, Ruan Caitano, que destacou a evolução dos atendimentos oferecidos aos pacientes de saúde mental.

A triste realidade vivenciada por pacientes, em hospícios brasileiros nos anos 1960 e 1970, também foi lembrada. “A forma a qual as pessoas eram tratadas revelam um despreparo muito grande”, salientou o palestrante.

Com o surgimento dos CAPS, a metodologia foi de certa forma humanizada, tornando-se apta ao que sempre se propôs a fazer, que era o de desenvolver um trabalho lúcido e vantajoso.

Conceituando as atividades e sanando dúvidas do público, a psicóloga Helena Lubbe, que há 10 anos está à frente das funções terapêuticas no Município, explanou sobre os grupos de apoio, oficinas e demais serviços ofertados pelo CAPS. “Os nossos pacientes são inseridos na sociedade sem qualquer preconceito ou algo assim”, frisou a psicóloga ao mostrar imagens das ações desenvolvidas.  

“Precisamos acabar com essa história de que ao ser paciente do CAPS, ele começa a receber um salário do INSS”, enfatizou a profissional, que ainda foi além: “quem vai avaliar a patologia do paciente é o nosso médico responsável e por último o perito do INSS”, concluiu a psicóloga.

Pela manhã o evento reuniu, no Anfiteatro Vereador Milton Miguel, o público residente no distrito de São Cristóvão. À tarde, a ação foi no auditório das secretarias de Saúde e Educação, mas para as pessoas da região central, bairros e interior do Município.

Nos dois encontros o encerramento foi feito pela coordenadora do CAPS Viva Bem, enfermeira Maria Emília Jubanski, que estendeu o convite para que o público fosse conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos professores e pacientes. “Estamos sempre de portas abertas e prontos para recebê-los”, disse.

 

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