Assim como as demais cidades do Planalto Norte, o município de Três Barras também aderiu à iniciativa da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) para a compra da vacina russa Sputnik V.
A medida visa reforçar os Planos Nacional e Estadual de Vacinação anticovid-19. Na região, quem está à frente das tratativas é a Associação dos Municípios do Planalto Norte (Amplanorte).
Durante videoconferência com os demais gestores municipais da região, na segunda-feira, 1°, prefeito Luiz Shimoguiri manifestou interesse de adquirir 20 mil doses do imunizante para a população. No entanto, ele lembra que, de momento, há apenas uma carta de intenção para a compra.
“É importante frisar que a Fecam ainda irá negociar com a farmacêutica russa. Que a Fecam ainda está levantando, junto às associações regionais, quais e quantos municípios irão aderir a este consórcio. Portanto, há ainda um longo caminho a ser percorrido, apesar dos esforços e boas intenções de todas as partes envolvidas neste processo”, explicou.
Shimoguiri ainda lembrou, que mesmo com a eficácia de 91,6% já comprovada, a vacina Sputnik V ainda não teve o registro emergencial de uso aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É claro que vivemos um momento de tensão pela lentidão da vacinação em todo o país. Mas o que não podemos é criar uma falsa expectativa na população. A compra dessas vacinas, se ocorrer de fato, não será da noite para o dia. Levará um tempo, inclusive, para a liberação da agência reguladora”, frisou.
A equipe técnica da secretaria municipal de Saúde vem articulando junto a diversos fornecedores, desde dezembro, para a aquisição de doses extras da vacina, além daquelas que são fornecidas pelo Ministério da Saúde.
Através do Consórcio Interfederativo Santa Catarina (Cincatarina), o município manifestou interesse pela compra de três mil doses, ao valor individual de R$ 59,00. As tratativas iniciaram em 14 de janeiro.
Já em 20 de janeiro houve contatos com o Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produzem as vacinas Coronavac e Oxford/Aztrazeneca, que responderam que a venda dos imunizantes era exclusiva ao Ministério da Saúde, e não aos municípios.