“A vida é a melhor escolha” foi o tema central da palestra que reuniu profissionais da saúde pública municipal de Três Barras na tarde desta quarta-feira, 21, no auditório das secretarias de Saúde e Educação.
A atividade promovida pela Prefeitura, por meio da secretaria municipal de Saúde, em parceria com a Fundação Hospitalar de Três Barras e Lar Aprisco, foi alusiva à campanha Setembro Amarelo, mês de prevenção e combate ao suicídio.
Na abertura do evento, a secretária de Saúde, Siomara Mühlmann Corrêa, enfatizou a importância de se discutir o assunto com os profissionais que estão em contato direto com a população.
“Seja por meio dos atendimentos nas unidades de saúde, ou por visitas domiciliares, são vocês os servidores que estão mais próximos das pessoas, e que podem identificar e acolher aqueles que apresentam comportamentos diferenciados. Por isso, a necessidade de mantê-los informados e capacitados sobre como oferecer ajuda. Uma simples conversa, às vezes, evita uma atitude drástica como o suicídio”, frisou.
Já o coordenador da Fundação Hospitalar, enfermeiro Gilson Vanderlei Dias Miranda, falou sobre o trabalho e os desafios enfrentados pelos profissionais da ala psiquiátrica da entidade. Segundo ele, os internados são quase sempre os mesmos. “As situações sempre se repetem”, observou.
Na sequência, a educadora física Ana Paula Alexandre de Andrade comandou atividade de ginástica laboral e o médico Ricardo Dreveck fez explanações sobre os serviços ofertados aos pacientes assistidos pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Viva Bem.
A segunda parte do evento ficou reservada à palestra do médico psiquiatra Lucas Prust, que além de abordar os mitos e verdades presentes na depressão e as formas de tratar o problema, também revelou dados sobre os casos de suicídios no Brasil.
Segundo ele, a cada 17 pessoas, uma ao menos já pensou em tirar sua própria vida. Outro ponto, citado pelo médico, é que os casos de suicídio estão mais presentes no público masculino, porém, as tentativas são mais frequentes entre as mulheres.
Ainda de acordo com o palestrante, de cada 100 mil homens, 12,6% morrem por suicídio, enquanto a cada 100 mil mulheres, 5,4% tentam e acabam tirando a própria vida.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. “Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades”, destacou o médico.
